segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

The Zombies - Odessey and Oracle (1968)

Corria o ano de 1968 e o LSD inundava as mentes da galera. Essa banda inglesa, formada em 1961, já era conhecida pela sensacional balada psicodélica "She's Not There", de 1964, mas ainda eram uma 'One Hit Wonder'. Então produziram essa obra-prima, sonzeraça de primeira. Depois dos Beatles e dos Beach Boys, o Zombies foram o maior expoente do "Pop Barroco", música com belas harmonias vocais e e arranjos instrumentais evocando paisagens rurais, camponeses, essas coisas... No Âmago dessa sonoridade está o órgão de Rod Argent, fortemente influenciado pelo Jazz de Jimmy Smith e companhia bela, e os vocais sussurrados de Colin Blunstone. Faixas como 'Care of Cell 44', 'Cheanges', This will be our year', 'Beechwood Park' e a sensacional 'Time of the Season' transpiram climas ensolarados psicodélicos. Boa pedida pra esse fim de ano de sol e calor tropical.

Dado curioso: Quando foi lançado, "Odessey and Oracle" foi praticamente ignorado pelo público e crítica, e vendeu quase nada. A banda não aguentou a barra e se separou logo depois. Apenas dois anos depois 'Time of the Season' começou a tocar em rádios e chegou às paradas de sucesso, reacendendo o interesse pela banda.

The Zombies - Odessey and Oracle (1968)

01 - Care of Cell 44
02 - A Rose for Emily
03 - Maybe After He's Gone
04 - Beechwood Park
05 - Brief Candles
06 - Hung Up on a Dream
07 - Changes
08 - I Want Her, She Wants Me
09 - This Will Be Our Year
10 - Butcher's Tale (Western Front, 1914)
11 - Friends of Mine
12 - Time of the Season

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Charlie Parker and Dizzy Gillespie - Town Hall, New York City, June 22, 1945


Corria o ano de 1945 e esses dois sujeitos estavam inventando o Bebop quando rolou essa lendária temporada de shows na Prefeitura de Nova York. Em uma palavra: Histórico. Os masters gravados em acetato dessa sessão de 22 de junho de 45, ainda na ressaca do fim da 2ª Guerra Mundial, foram redescobertos em 2005 e ganharam essa edição remasterizada. Claro que a gravação da época não era grandes coisas, mas pensando positivo, isso também contribui para o clima antigo da parada.

Aqui o trompete de Dizzy e o sax de Bird estão respaldados pela batera de Max Roach, o sax tenor de Don Byas e o piano de Al Haig, fazendo clássicos do porte de 'Salt Peanuts', 'A Night in Tunisia', 'Groovin' High' e a faixa de abertura, simplesmente, 'Bebop'.

Dizzy Gillespie & Charlie Parker: Town Hall New York City - June 22, 1945


01 - Intro
02 - Bebop
03 - A Night in Tunisia
04 - Groovin' High
05 - Salt Peanuts
06 - Hot House
07 - Fifty Second Street Theme


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Django Reinhardt with Stephane Grappelli and the Quintet - Hot Club Remastered (2009)

Jean Baptiste Reihardt nasceu na Bélgica, em 1910. Mas era cigano, de família cigana, então não dá pra dizer que ele era belga, nem francês, embora tivesse vivido a maior parte da vida na França. Em contato com a riquíssima tradição musical cigana, aprendeu a tocar violino ainda cedo, e depois escolheu o violão como instrumento. O acampamento onde morava, nas proximidades de Paris, pegou fogo em 1928, e Django queimou a mão esquerda, o que não o impediu de continuar tocando, e o novo jeito que ele encontrou pra tocar é creditado por alguns críticos como marca do seu estilo inconfundível no dedilhado. Outra lenda diz que foi durante sua recuperação das queimaduras que ele entrou em contato com o jazz norte-americano, então uma novidade na Europa, ouvindo discos de Louis Armstrong.

Django tocava em cafés parisienses seu som gipsy, começando a sofrer a influência do jazz, quando Pierre Nourri, chefe do Hot Club de France, o primeiro clube de jazz europeu, propôs que ele se juntasse ao violinista Stephan Grapelli em uma banda de cordas. Assim nasceu o histórico Quintet of the Hot Club of France. As gravações da época foram remasterizadas e aparecem agora nessa compilação sensacional lançada recentemente.

Django ficou famoso, mas o espírito cigano seguia forte. Muitas vezes ele sumia e ia passear no campo, faltando a shows, entre outras peripécias. Para saber mais sobre a colorida vida de Django, recomendo o filme Sweet and Lowdown, de Woody Allen, uma semi-biografia com Sean Penn no papel de Django.

ERRATA: Falei merda, "Sweet and Lowdown" não é uma biografia de Django. O personagem vivido por Sean Penn é do violonista fictício Emmet Ray, obcecado por Django. O filme é feito como se Ray tivesse realmente existido, e suas peripécias com mulheres, bebedeiras e outras fanfarronices são livrementes baseadas na vida de Django. Aliás, o filme é bem legal, assistam!

Django Reinhardt with Stephane Grappelli and the Quintet - Hot Club Remastered (2009)

01.Dinah 02:34
02.Oh Lady Be Good 02:51
03.Blue Rag 02:54
04.Djangology 02:55
05.Swing Guitars 02:22
06.Sweet Chorus 02:42
07.Liebestraum 03:18
08.Tears 02:36
09.St Louis Blues 02:40
10.Minor Swing 03:12
11.Vipers Dream 03:13
12.Tea for Two 02:50
13.My Sweet 02:56
14.Daphnee 03:06
15.Stockholm 02:45
16.Hcq Strut 02:54
17.The Man I Love 03:09
18.Swing 39 03:14
19.Nuages 03:18
20.Sweet Sue 02:49
21.Manoir De Mes Reves 03:17
22.Echoes of France 02:45
23.September Song 03:16
24.Topsy 03:03
25.Lover Man 03:09

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cafe Tacvba - Avalancha de Éxitos (1996)


Dando continuidade à toada latina, subimos um pouco mais para o norte, mas ainda abaixo do Río Grande (ou Río Bravo). A melhor banda de México que yo conozco chama-se Café Tacuba. A banda, que depois mudou o nome para Café Tacvba, é formada por quatro chilangos, como são conhecidos os habitantes da Cidade do México. Com uns 20 anos de estrada, são um ícone do rock mexicano. O álbum aqui postado chama-se Avalancha de Éxitos, de 1996, e como o próprio nome indica é uma coletânea de sucessos – dos outros. Explico: são oito covers de outros cantores hispanohablantes. Destaque pra Chilanga Banda, um rock-rap cantando inteiramente em chilangoñol, o “dialeto” callejero típico da cidade... vou colocar aqui só o refrão, quem souber a tradução ganha uma breja na cerca-frango! Suerte!

Pachucos, cholos y chundos,
Chinchinflas y malafachas
Aca los chompiras rifan
Y bailan tibiritabara


domingo, 13 de dezembro de 2009

Rebel Sounds Collection

ATENÇÃO!

Este post foi escrito por um iniciante na midia digital.

Dando continuidade à pequena resenha/homenagem/seleção de blogs musicais, apresentamo-lhes o Rebel Sounds. Blog de musica sul e centro-americana, europeia latina, e sei la mais o que. Não digo que seja musica latinoamericana porque acho que ela é muito mais afroindigena e mestiça do que latina - como toda nossa américa, aliás. Musica com pegada politico-libertária-legalista-ambientalista-socialista e por aí vailista. Ou não também, essa é apenas a minha interpretação do blog.

Enfim, já a muito tempo os caras hospedam de chico science a fabulosos cadilacs. Tendência rock-punk-ska-regional-afro-reggae-eletronico-rap (muito divertido tentar descrever esses conceitos...) e bossa nova. (brincadeira, bossa nova não).

Mas esse post é também uma homenagem ao Tropeço, que veio me perguntar da Colômbia. Justo a Colômbia, hahaha! Boa viagem maestro, aproveite!

A ver...

1- Los Gaiteros de San Jacinto - Un fuego de sangre pura



A Cumbia Colombiana é UNANIMIDADE CONTINENTAL. A história viva, sendo contada. As gaitas são como duas flautas, uma macho e outra femêa. Apaixonante. Esse é apenas um gostinho... tem mais coisa nesse blog Purayuca (mandioca pura). Saboreiem os tambores. A foto é dum disco mas o link é duma coletânea.

ouveae!


2- Sidestepper - More Grip



Mais musica colombiana. O que acontece quando um produtor inglês fica amigo dum grupo de cumbia contemporânea? More Grip é a resposta. Não se engane pelos nomes em ingles, a musica é caribenha pura.

  1. andando
  2. La Bara
  3. hoy tenemos
  4. bacalao salao
  5. linda manigua
  6. me muero
  7. chevere q chevere
  8. sidestepper
  9. campo
  10. tremendo_vacilon
Ouveae!

3. La Zurda - La Zurda

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Seguimos no Blog, música argentina agora. Também mestiça em todas as formas, mas essencialmente o encontro da musica regional argentina com o bom rockska. Disco de 2007. Enjoy.

01. Falopero
02. Santa Anita
03. El Mundo
04. Echale Semilla
05. Sonno Le Mie Cossa
06. Tafí Del Valle
07. Los Ejes De Mi Carreta
08. Andaré
09. Culebrón
10. Mimbre y Cafe
11. Frontera
12. Vidita

Ouveae!

4. The Roots of Chicha - Psychadelic Peruvian Cumbias from the 70's



Muita cumbia, teclados, guitarras e ayahuasca e poucas flautas andinas. Musica da selva amazônica do Peru. Y viva el oriente!

Ouveaê!

5 - Totó la Momposina - La candela viva



A voz feminina da cumbia. Também de altíssima qualidade. Já veio tocar em São Paulo e tudo!

Ouveae!


6 - Eduardo Mateo - "Mateo solo bien se lame" (1972)



Um violero trovador uruguaio, Eduardo Mateo tinha especial apreço pela musica brasileira da época, em especial a bossa nova. Como o post é homenagem ao maestro Tropesso, fica também um pedido né. Toca Mateo!

Ouveae!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nina Simone Sings the Blues (1967)


Ah, Nina... A moça era o blues e o soul encarnados. Esse disco de 1967 é um dos seus melhores registros, mas claro, tem muitos outros para explorar. Nesse link, você acha quase tudo de Miss Simone. Já nesse humilde Ouveaê ficamos com esse Sings the Blues, que o nome já entrega: é bluesera da melhor qualidade, com composições de George Gershwin, Bessie Smith e talvez a melhor versão do clássico "The House of the Rising Sun". Belo representante dos sons "to make love to your ol' lady".

Nina Simone Sings the Blues (1967)

01 - Do I Move You?
02 - Night and Day
03 - In The Dark
04 - Real Real
05 - My Man's Gone Now
06 - Backlash Blues
07 - I Want a Litte Sugar in My Bowl
08 - Buck
09 - Since I Fell for You
10 - The House of the Rising Sun
11 - Blues for Mama
12 - Do I Move You? (Version 2)
13 - Whatever I Am (You Made Me)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Suba - São Paulo Confessions (1999)

O sérvio Mitar Subotic nasceu em 1961 na cidade de Novi Sadi, no que então era a Iugoslávia. Estudou música clássica e erudita e pesquisou a música folclórica tradicional sérvia. Foi um dos pioneiros na utilização da eletrônica na música em seu país natal. Em 1986 seu disco In the Mooncage, que misturava o folk sérvio com eletrônica, ganhou um prêmio da Unesco e Suba veio ao Brasil, com uma bolsa para estudar os ritmos afro-brasileiros. Se apaixonou pelo Brasil e se mudou definitivamente para cá em 1990, pouco antes de estourar a guerra civil na Iugoslávia, se estabelecendo em São Paulo. Produziu discos para Marina Lima, Edgard Scandurra (em seu projeto solo eletrônico Benzina), Bebel Gilberto, Edson Cordeiro, Arnaldo Antunes e muitos outros.

Em 1999 havia finalizado o álbum Tanto Tempo, de Bebel Gilberto, e este São Paulo Confessions, homenagem à cidade que escolheu para viver, também estava pronto. Um incêndio atingiu seu apartamento-estúdio e Suba morreu asfixiado pela fumaça, tentando salvar o material gravado com Bebel. Lançado poucas semanas após sua morte, São Paulo Confessions ficou também como uma homenagem ao próprio Suba. As músicas, em parcerias com nomes como a cantora Cibele, Arnaldo Antunes e João Parahyba, percussionista do Trio Mocotó, transpira 'paulistanidade'. É eletrônico e sambista, cosmopolita e local, evoca noites chuvosas e apartamentos do edifício Copan. Foi louvado pela crítica tanto aqui quanto no exterior, e com todos os méritos.

Nos dez anos da morte de Suba, vai rolar hoje um show-tributo no Sesc Pompéia: Suba Connections, com participação de muitos músicos que trabalharam com o sérvio-brazuca.

Suba - São Paulo Confessions (1999)

01 - Tantos Desejos – Suba – (Taciana & Suba) (4:27)

02 - Você Gosta – Suba – (Taciana, Marcelo Paiva & Suba) (4:20)

03 - Na Neblina – Suba – (Suba) (4:43)

04 - Segredo – Suba – (Katia B. & Suba) (4:03)

05 - Antropófagos – Suba – (Suba) (6:22)

06 - A Felicidade – Suba – (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) (4:21)

07 - Um Dia Comum (Em São Paulo) – Suba – (Suba) (4:59)

08 - Sereia – Suba – (Béco, Cibele & Suba) (6:00)

09 - Samba Do Gringo Paulista – Suba – (Suba) (4:49)

10 - Abraço – Suba – (Arnaldo Antunes & Suba) (5:05)

11 - Pecados Da Madrugada – Suba – (Suba) (5:05)

12 - A Noite Sem Fim – Suba – (Suba) (7:02)

Ouveaê!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Television - Marquee Moon (1977)

O clássico desta segunda-feira é outro que parte dos princípios punks mas não se prende nos bons e velhos três acordes. O Television é uma banda novaiorquina, o primeiro grupo Punk a se apresentar no famoso CBGB's, que até então só apresentava grupos de blues e country (sim, antes até dos contemporâneos Ramones). Formado pela dupla de guitarristas Tom Verlaine (também vocalista) e Richard Lloyd, que, exímios no instrumento, estão a anos luz do guitarrista punk típico. Verlaine e Lloyd conversam através dos acordes. Completavam o Television o baixista Fred Smith e o baterista Billy Fucca.

Herdeiros legítimos do Velvet Underground, estes art-funks fizeram músicas tensas, com referências intelectuais e poesia urbana pra ninguém botar defeito, tudo epitomizado na épica faixa título, que tem um dos mais memoráveis solos de guitarra da história do rock. Além desta, faixas como Venus, See No Evil e Friction também são puro deleite. No começo da primeira faixa, See No Evil, Tom entrega o ouro: What I want, I want now! and it's a whole lot more than 'anyhow'. I want to fly, fly a fountainI want to jumpjumpjumpjump a mountain! Yeah!

Television - Marquee Moon (1977)

01 - See No Evil
02 - Venus
03 - Friction
04 - Marquee Moon
05 - Elevation
06 - Guide Light
07 - Prove It
08 - Torn Curtain

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fela Kuti & Afrika 70 - Zombie (1977)


Revolucionário em todos os sentidos, Fela Anikulapo Kuti foi ativista político, defensor dos diretitos humanos e um músico genial.
Nascido na na Nigéria, na década de 30, ele se mudou para Londres nos anos 50 e lá teve contato com ritmos novos que entraram para o seu caldeirão musical, dando origem ao Afrobeat.
Essa mistura de jazz, funk, música africana e uma bela dose de piração fez do senhor Fela Kuti o músico mais popular da africa nos anos 70.

Cansado de se submeter aos desmandos do governo nigeriano, ele fundou aRepública Kalakuta, uma comuna, um estúdio de gravação e uma casa para muitos conectados à banda a qual mais tarde ele declarou independente do Estado da Nigéria.

A gota d'água para o governo foi o lançamento do album ZOMBIE. Uma referência explícita aos métodos das forças armadas nigerianas. O sucesso foi imediato e a repressão também: sua comuna foi invadida, destruída e incendiada. De quebra, Fela foi espancado e preso.

Enfim, essa é só uma história pra traçar os contornos do momento histórico do lançamento do álbum. O importante mesmo é a música que é muito foda!
Com looongas músicas hipnóticas abusando de intrumentos de sopro, e batidas tribais e coros femininos esse álbum é um clássico absoluto (apesar de ser underground).

1. Zombie
2. Mister Follow Follow
3. Observation Is No Crime
4. Mistake


ouveaê!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Festival Express (2003) DVDRip

1970. Um ano depois do sucesso do Woodstock, todo mundo queria tirar sua casquinha na onda dos festivais ao ar livre na América do Norte. No Canadá, bandas viajavam de trem pelo país tocando de cidade em cidade. Não demorou para um espertalhão ter a ideia: por que não fretar um trem de artistas consagrados que durante o verão atravessaria o Canadá parando de ponto em ponto fazendo shows?

A experiência de aglutinar Grateful Dead, Buddy Guy, Janis Joplin, Jerry Garcia e um monte de outros músicos talentosos rendeu o documentário Festival Express, dos diretores Bob Smeaton, Frank Cvitanovich, gravado em 1970 e realizado apenas em 2003.

Mas calma lá. Não espere ver sexo, drogas e rock'n'roll sobre trilhos. O documentário tem seu quê de politicamente correto e se limita a mostrar as jams dentro dos vagões e os shows feitos nesse rolê de costa-a-costa pelo Canadá. O que convenhamos, não é pouco, musicalmente falando. Na piração, entretanto, é verdade que o filme deixa a desejar.

Assim como o Woodstock, o Festivalk Express também rendeu um belo preju para seus organizadores. A juventudo canadense achou por bem não pagar pelos ingressos e começou uma campanha "festival free" que acompanhou a trupo ao longo de toda a viagem. Entrar para a história dos festivais de música tem seu preço.

Festival Express (2003)
Arquivo 698 mb
Áudio: Inglês
Legendas: Inglês
Assisteaê!

The 2 Tone Collection - A Checkered Past (1993)

Final dos anos 70, interior da Inglaterra. O furacão punk já varria a terra da rainha, e a vertente skinhead começava a surgir com seus discursos racistas e anti-imigrantes. Uma galera mais esperta, liderada pelo The Clash, fazia o contrário, incorporando as sonoridades negras, principalmente da Jamaica (Reggae, Ska, Dub, Rocksteady), afinal muitos jamaicanos foram morar na ex-metrópole nesta época. Em 1977, na cidade de Coventry, uns moleques antenados com o punk e com a música jamaicana montaram o Special A.K.A., que depois ficou conhecido como The Specials, e iniciaram a chamada segunda onda do Ska. Os Specials tinham branquelos ingleses e negões jamaicanos na sua formação. Daí surgiu a idéia do Two-Tone, e a característica identidade visual em preto e branco que marcaria esse estilo. Daí também surgiu a gravadora 2 Tone Records, fundada pelo tecladista do Specials Jerry Dammers, que lançou diversas bandas do two-tone ska e tornou a música mais divertida. Afinal, quer coisa mais divertida do que um Ska bem mandado?!

Pois bem, em 1993 a 2 Tone lançou essa compilação em dois CD's com todos os singles lançados pela gravadora. Além dos clássicos do Specials, atenção pro Selecter, banda só de minas, Madness, Bodysnatchers e English Beats, entre outras. É só pepita!

The 2 Tone Collection - A Checkered Past (1993)

Disco 1
01 - Gangsters - The Special A.K.A.
02 - The Selecter - The Selecter
03 - The Prince - Madness
04 - On My Radio - The Selecter
05 - A Message To You - The Specials
06 - Nite Klub - The Specials
07 - Tears Of A Clown - The Beat
08 - Ranking Full Stop - The Beat
09 - Too Much Too Young - The Special A.K.A.
10 - Guns Of Navarone - The Special A.K.A.
11 - Three Minute Hero - The Selecter
12 - Let's Do Rock Steady - The Bodysnatchers
13 - Ruder Than You - The Bodysnatchers
14 - Missing Worlds - The Selecter
15 - Rat Race - The Specials
16 - Rude Boys Out Of Jail - The Specials
17 - Easy Life - The Bodysnatchers
18 - Too Experienced - The Bodysnatchers
19 - Stereotype - The Specials
20 - International Jet Set - The Specials
21 - Away - The Swinging Cats
22 - Mantovani - The Swinging Cats
23 - Sea Cruise - Rico
24 - Do Nothing - The Specials
25 - Maggie's Farm - The Specials

Disco 2
01 - Ghost Town - The Specials
02 - The Boiler - Rhoda
03 - Jungle Music - Rico
04 - The Feeling's Gone - The Apollinaires
05 - Tear The Whole Thing Down - The Higsons
06 - Ylang Ylang - The Higsons
07 - Envy The Love - The Apollinaires
08 - War Crimes (The Crime Remains The Same) - The Special A.K.A.
09 - Run Me Down - The Higsons
10 - Racist Friend - The Special A.K.A.
11 - Bright Lights - The Special A.K.A.
12 - Nelson Mandela - The Special A.K.A.
13 - Break Down The Door - The Special A.K.A.
14 - What I Like Most About You Is Your Girlfriend - The Special A.K.A.
15 - Window Shopping - The Friday Club
16 - The Alphabet Army - J.B.'s Allstars
17 - Raquel - The Specials
18 - Braggin' And Tryin'' Not To Lie - Roddy Radiation And The Specials
19 - Rude Boys Outa Jail - Neville Staples A.K.A. Judge Roughneck

Ouveaê!


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tom Zé - Estudando o Samba (1976)

Mais uma semana começa, e mais uma postagem clássica surge para vossa satisfação aqui no Ouveaê! Como eu não estou com muita imaginação hoje, peguei mais um disco essencial na coleção de qualquer interessado na música brasileña. Tom Zé, um dos grandes iconoclastas e inovadores da MPB, fez parte da galera que fez a Tropicália mas, gênio de gênio difícil, não seguiu o sucesso e a posterior acomodação dos medalhões Gil, Caetano e Gal. Boicotado pelo establishment da MPB, continou e está até hoje fazendo música da melhor qualidade nas beiradas da indústria musical, e ainda tem tempo para cuidar do jardim do prédio onde mora, em Higienópolis. Baiano radicado e adotado por São Paulo, fez da cidade inspiração.

Esta que talvez seja sua obra-prima, lançado em 1976, após o polêmico "Todos os Olhos" (o disco d bolinha de gude no CU), traz Tom Zé desconstruindo o ritmo brasileiro oficial, o samba, respaldado pelo sambista de raiz Elton Medeiros. Todos os sugêneros do samba são destrinchados e reduzidos à essência rítmica: bossa-nova, samba canção, samba de breque... Obra difícil, passou quase despercebida pela crítica na época do lançamento, e precisou um gringo interessado na música brasileira garimpar a bolacha num sebo qualquer de São Paulo para ganhar o reconhecimento merecido. Graças a David Byrne, o irriquieto líder do Talking Heads, que pirou com o disco e relançou nos EUA por sua própria gravadora. Foi aclamado pela crítica internacional, e só assim conseguiu ser ouvido com a atenção devida na terra natal do samba. Portanto, ouçam com carinho essa pequena jóia sonora. A letra da terceira faixa, Toc, resume o espírito da coisa. "Eu to explicando pra te confundir, to te confundindo pra te esclarecer".

Tom Zé - Estudando o Samba (1976)

01 - Mã (Tom Zé)
02 - A Felicidade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
03 - Toc (Tom Zé)
04 - Tô (Élton Medeiros / Tom Zé)
05 - Vai (Menina Amanhã de Manhã) (Tom Zé / Perna)
06 - Ui (Você Inventa) (Tom Zé / Odair)
07 - Doi (Tom Zé)
08 - Mãe (Mãe Solteira) (Tom Zé / Élton Medeiros)
09 - Hein (Tom Zé / Vicente Barreto)
10 - Só (Solidão) (Tom Zé)
11 - Se (Tom Zé)
12 - Índice (Tom Zé / José Briamonte / Heraldo do Monte)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Droppin' Science - Blue Note greatest samples from the Blue Note Lab (2008)



A seguinte idéia brotou de alguma mente iluminada da Blue Note Records: compilar faixas de funk jazz dos anos 60 e 70 que viraram bases clássicas de rap das 2 décadas seguintes. O resultado é Droppin' Science, 13 sons matadores que vão te deixar com o déjà vu atrás da orelha.

Das 13 faixas, o Ouveaê entrega duas pra começar a brincadeira: Jeremy Steig, em 'Howling For Judy', é o dono da flauta que abre 'Sure Shot' dos Beastie Boys décadas depois.
E com 'The Edge', os comparsas David McCallum e David Axelrod inspiraram Dr. Dre na base de 'The Next Episode' (que rolou muito nas baladas de SP tempos atrás).

Tem mais gente que se inspirou nestes sons para rimar em cima como De La Soul, A Tribe Called Quest, Cypress HIll, Run DMC e Notorious BIG. Mas não vamos estragar mais a brincadeira.

Um cara a ser destacado aqui é o saxofonista Lou Donaldson, que abre e fecha a compilação com dois funks elegantes, órgão hammond e uma guitarra esbanjando malandragem.

Droppin' Science - Blue Note greatest samples from the Blue Note Lab (2008)


1. Lou Donaldson – “It’s Your Thing”

2. Ronnie Foster – “Mystic Brew”

3. Donald Byrd – “Think Twice”

4. David McCallum/David Axelrod – “The Edge”

5. “Brother” Jack McDuff – “Oblighetto”

6. Joe Williams – “Get Out Of My Life, Woman”

7. Grant Green – “Down Here On The Ground”

8. Lonnie Smith – “Spinning Wheel”

9. Jeremy Steig – “Howling For Judy”

10. Lou Donaldson – “Who’s Making Love”


Ouveaê!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

John Coltrane - A Love Supreme (1964)

Para embalar a "Music Monday" mando aqui esse que é talvez o mais belo registro sonoro do Jazz, som espiritual, para falar com a inteligência cósmica superior, feito por "Saint" John Coltrane, que de tão transcedental tem até igreja em sua glória na cidade de San Francisco. Muitos consideram esse disco de 1964 a obra-prima de Coltrane. Eu fico entre esse e Giant Steps, mas A Love Supreme é obrigatório para quem gosta de Jazz. Nesse álbum Coltrane ainda está com um pé no Post Bop de Giant Steps, Blue Train e outros discos anteriores, mas já está na direção do Free Jazz que marcaria o final da sua carreira, que acabou cedo, em 1967, com sua morte aos 41 anos por problemas hepáticos.

Respaldado por McCoy Tyner no piano, Jimmy Garrison no baixo e Elvin Jones na bateria, o sax tenor de Coltrane nunca foi tão profundamente insano quanto nas quatro faixas de A Love Supreme, que as vezes parecem ter uma estrutura mais convencional de jazz para se desfazerem em acordes dissonantes e liberdade rítimica e harmônica total. Enfim, ouçam aê e tentem sacar a descontrução musical operada por Saint John.

John Coltrane - A Love Supreme (1964)

01 - I - Acknowledgement
02 - II -Resolution
03 - III - Pursuance
04 - IV - Psalm

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Neil Young - Um Herói da Música

Nesta segunda-feira nublada gostaria de prestar uma homenagem ao mestre Neil Young, postando quatro dos seus discos fundamentais gravados entrre 1969 e 1974.


Neil Young é um dos grandes símbolos do que é o rock and roll. Nunca se vendeu, sempre colocou toda sua alma na guitarra e na voz rasgada. Começou nos anos 60, fazendo parte da lendária b
anda Buffalo Springfield. Se juntou ao Crosby Stills & Nash, onde produziu o clássico Deja Vu, em 1970. Mas é com a banda Crazy Horse que ele produziu seus discos mais roots. A Crazy Horse pode ser considerada a maior banda de boteco da História, produzinho um rock pesado, esfumaçado, climático. E as letras de Young, cheias de angústia, se tornaram a inspiração para qualquer moleque querendo se expressar por meio do Rock, tanto que ele se tornou uma espécie de padrinho do movimento grunge.

Em 1969 Young lançou o primeiro álbum com o Crazy Horse, o impecável Everybody Knows This Is Nowhere. Uma porrada recheada de jams viajantes e com guitarras pesando toneladas. A primeira faixa é a maravilhosa "Cinnamon Girl"

Neil Young & Crazy Horse - Everybody Knows This Is Nowhere (1969)


01 - Cinnamon Girl
02 - Everybody Knows This is Nowhere
03 - Round & Round (It Won't Be Long)
04 - Down By The River
05 - The Losing End (When You're On)
06 - Running Dry (Requiem for the Rockets)
07 - Cowgirl in the Sand


No ano seguinte, outro petardo: After The Gold Rush, mais calminho, calcado em canções com tempero Folk e Country

Neil Young - After the Gold Rush (1970)

01 - Tell Me Why
02 - After The Gold Rush
03 - Only Love Can Break Your Heart
04 - Southern Man
05 - Til The Morning Comes
06 - Oh Lonesome Me
07 - Don't Let It Bring You Down
08 - Birds
09 - When You Dance I Can Really Love
10 - I Believe in You
11 - Cripple Creek Ferry


Em 1972, após ter feito Deja Vu com o CSNY, Young lançou outro clássico: Harvest, com canções do quilate de Heart of Gold e The Needle and the Damage Done


Neil Young - Harvest (1972)

1. Out on the Weekend
2. Harvest
3. A Man Needs a Maid
4. Heart of Gold
5. Are You Ready for the Country?
6. Old Man
7. There’s a World
8. Alabama
9. The Needle and the Damage Done
10. Words (Between the Lines of Age)


Completando o quarteto de ouro, em 1974 ele lança On The Beach, outra coleção de belíssimas canções.

Neil Young - On the Beach (1974)

01 - Walk On
02 - See The Sky About To Rain
03 - Revolution Blues
04 - For The Turnstiles
05 - Vampire Blues
06 - On The Beach
07 - Motion Pictures
08 - Ambulance Blues


Neil Young fez ainda outros discassos, como Tonight's the Night, Zuma, e Rust Never Sleeps, recomendo todos, mas esses quatro aqui são o creme de la creme...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Stevie Wonder - Innervisions (1973)


Mestre Stevie Wonder, um dos grandes músicos pop da história, estava no auge da criatividade artística em meados dos anos 70, e muitos consideram este o melhor de seus discos, superando outros clássicos como Talking Book (do hit Superstition) e Songs in the Key of Life. Todos são espetaculares (e tão linkados tb!), mas este realmente leva o troféu. Além da maravilhosa e clássica Higher Ground, o resto das músicas também é um soul music pra levantar até defunto. Sonzeraça! Sem falar nessa capa mutcho loca...

Stevie Wonder - Innervisions (1973)

01 - Too High
02 - Visions
03 - Living for the City
04 - Golden Lady
05 - Higher Ground
06 - Jesus Children of America
07 - All in Love is Fair
08 - Don't you Worry 'Bout a Thing
09 - He's Mistra Konow-It-All

Ravi Shankar & Philip Glass: Passages (1990)


Os dois mestres da música instrumental se uniram pra criar um som transcendental.
Durante 55 minutos eles carregam nossas almas por uma viagem envolvente e hipnótica.

Esse album traz duas composições de Glass sobre temas de Shankar; duas de Shankar sobre temas de Glass; e uma peça autônoma de cada compositor.

01. Offering
02. Sadhanipa
03. Channels and Winds
04. Ragas In Minor Scale
05. Meetings Along The Edge
06. Prashanti

ouveaê!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Funkadelic - Maggot Brain (1971)

Outro petardo Funk de 1971, esse produto da mente não menos frita de George Clinton e seu Funkadelic, dream team do Funk influenciado pela psicodelia. Nesse disco o Funkadelic chega no extremo psicodélico, música pra derreter o cerébero, a começar pela faixa-titúlo, com dez minutos de fritação. Sonzeraça!!

Funkadelic - Maggot Brain (1971)

1 - Maggot Brain
2 - Can You Get to That
3 - Hit it and Quit it
4 - You and your Folks, Me and my Folks
5 - Super Stupid
6 - Back in our Minds
7 - Wars of Armageddon

Sly and the Family Stone - There's a Riot Going On (1971)

Um dos criadores do Funk, Sly Stone foi uma das cabeças mais fritas da música negra norteamericana. Em 1969 Sly e sua banda participaram do festival de Woodstock e lançaram o excelente Stand!, com hits good vibes como 'I wanna take you higher', bem de acordo com o Flower Power e o otimismo reinante na época. Mas, dois anos depois, o sonho já havia acabado, e Sly, cada vez mais afundando nas drogas, criou esta outra obra-prima, em total contraste com Stand. Aqui o funk encontra seu lado negro, com letras desesperançosas e arranjossinistros. Ainda assim, uma tremenda sonzeira. Recomendo ouvir ambos os discos e sacar o MOOD de Sly Stone.

Sly and the Family Stone - There's a Riot Going On (1971)

1. Luv 'N Haight
2. Just Like A Baby
3. Poet
4. Family Affair
5. Africa Talks to You 'the Asphalt Jungle'
6. There's a Riot Goin' On
7. Brave & Strong
8. (You Caught Me) Smilin'
9. Time
10. Spaced Cowboy
11. Runnin' Away
12. Thank You for Talkin' to Me Africa

domingo, 25 de outubro de 2009

you and me on a jamboree collection

Pedindo licença a esses Blogs fundamentais, fazemos este post inaugurando a safra de compilações de blogs. Iniciando com um seleto. O melhor da musica jamaicana. You and Me On a Jamboree:

http://youandmeonajamboree.blogspot.com/

um blog sem precedentes no mundo. porém, já com alguns bons seguidores.

uma seleção realizada por especialistas.

enjoy.

1. Primeiro album de Augustus Pablo: This is Augustus Pablo, 1973

Primeiro disco de Augustus Pablo com influencia de Early Reggae ainda

01 - Dub Organizer
02 - Please Sunrise
03 - Point Black
04 - Arabian Rock
05 - Pretty Baby
06 - Pablo In Dub
07 - Skateland Rock
08 - Dread Eye
09 - Too Late
10 - Assignement No. 1
11 - Jah Rock
12 - Lovers Mood


Ouveaê!


2. Don Drummond - The Best Of Don Drummond (196x)



O melhor trombonista que a Jamaica já teve...


Ringo
Confucious
The Reburial
Eastern Standard Time
Occupation
Melancholy Baby
Don D. Junior - Heavenless
Roll On Sweet Don
Elevation Rock
Schooling The Duke
Lester Sterling & Don D. Junior - African Beat
Valley Princess

Ouveaê!


3 - Álbum Instrumental fantástico com o saxofonista do Skatalites...

Tommy McCook - Top Secret (1969)




Green Mango
Top Secret
Wild Bunch
Green Apple
Beirut
Jungle Skank
West Street Special
Big Bad & Bold
Midnight Time
Mistic Mood
Walk On The Side *
Hot Shot *
Watch This Music *
Sweet Soul Special *

* Bonus Tracks

Ouveaê!
4 - Um Tributo a um mestre

Jackie Mittoo - A Tribute to: Interpretations and Improvisations

01- evening time featuring monty alexander
02- drum song featuring marjorie whylie
03- west of the sun featuring ansel collins and dalton browne
04 hot milk featuring neville hinds
05 autum sounds robbie lyn
06 one step beyond featuring jon williams
07 lazy bones harold butler
08 oboe featuring lloyd obeah denton
09 who done it featuring keith sterling
10- full charge featuring gladstone anderson
11 ram jam featuring ibo cooper
12 dancing groove featuring mallroy williams
13 hot shot featuring sidney thorpe
14 napoleon solo featuring peter ashbourne
15 mission impossible featuring tyrone downie
16 highways featuring carrol bowie mclaughlin
17 darker shade feat. paul wrong, move crossdale
18 clean up feat. wycliffe, steely johnson & cleveland browne

Ouveaê!


5 - Crássicos do Reggaemento com o finado Stanley Beckford

Stanley Beckford - Reggaemento


Esse que é o ultimo album de sua carreira, lançado alguns anos antes de sua morte em 2007 por câncer.

01 - Stanley Beckford - Wanted Man
02 - Stanley Beckford - Israelites
03 - Stanley Beckford - Oh Jah Jah
04 - Stanley Beckford - Let The Devil Gwaan
05 - Stanley Beckford - 007 Shanty Town - Ill Neve Grow Old (Medley)
06 - Stanley Beckford - Cause Way Road
07 - Stanley Beckford - Sam Fi Man
08 - Stanley Beckford - Telephone Calling
09 - Stanley Beckford - Feel Like Jumpin
10 - Stanley Beckford - Donkey Man
11 - Stanley Beckford - Oh Jehovah

Ouveaê!


6 - Para finalizar, um não-reggae:

Booker T. & The MG's - Soul Dressing (1965)

(recomendando, também, o Green Onions...)

Soul Dressing é o segundo albúm do Booker T., dois anos depois de Green Onions. A musicalidade continua a mesma.



01 - Soul Dressing
02 - Tic-Tac-Toe
03 - Big Train
04 - Jellybread
05 - Aw' Mercy
06 - Outrage
07 - Night Owl Walk
08 - Chinese Checkers
09 - Home Grown
10 - Mercy Mercy
11 - Plum Nellie
12 - Can't Be Still

Ouveaê

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hypnotic Brass Ensemble - Live in New Yor City



O som desses caras é embaçadíssimo!
Banda de Chicago, formada por nove músicos. Um na bateria, e os outros oito compondo uma linha de metal da pesada. O Hypnotic Brass Ensemble faz um som com muita energia e ótimas melodias com os instrumentos de sopro dominando tudo. Nem dá pra sentir falta de piano, guitarra, baixo. A parada já é completa.
São quatro músicos nos trompetes, dois com os trombones, um faz o que seria o baixo no sousaphone (uma espécie de tuba), um no barítono, e o batera ditando o ritmo, com levadas funky/hip-hop/latin/soul. Sete dos integrantes do Hypnotic são irmãos. Todos filhos do trompetista Phil Cohran, que tocava no Sun-Ra Arkestra. Como é uma banda que não necessita de energia elétrica pra tirar um som, os caras fazem várias intervenções nas ruas. Montam a bateria na esquina, no metrô, no parque e tiram um puta som pra todo mundo ver, vendendo os cd’s diretamente na mão das pessoas.
Sonzera que vale a pena conferir!

ouveaê!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Frank Zappa - Hot Rats (1969)



Este primeiro disco solo de Frank Zappa (sem os Mothers of Invention) é mais um ilustre quarentão. A essa altura Zappa já era um nome a se respeitar no rock vanguardista norte-americano. Mais respeitável pensando que ele NÃO usava drogas! De qualquer forma, esse Hot Rats é também a primeira incursão de Zappa pelo terreno do jazz-rock. É quase todo instrumental, com exceção da segunda faixa, 'Willie the Pimp', com vocais do amigo de infância de Zappa Capitain Beefhart. De resto é só fritação com o mestre esmirilhando na guitarra em faixas que aliam a sofisticação musical do jazz com a atitude suja do hard rock, que se alongam por até DEZESSETE minutos sem entediar o ouvinte, como em 'The Gumbo Variations'. Exceção é a primeira, 'Peaches en Regalia', de uma suntuosidade épica em apenas pouco mais de três minutos, e 'Little Umbrellas'. Um clássico indispensável.

Frank Zappa - Hot Rats (1969)

01 - Peaches En Regalia
02 - Willie the Pimp
03 - Son of mr. Green Genes
04 - Little Umbrellas
05 - The Gumbo Variations
06 - It must be a Camel

Ouveaê!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Israel Vibration - Live Again! (1997)



Na capa deste álbum, os músicos Cecil Spence e Lascelle Bulgin aparecem de muletas no palco. Nascidos na Federação das Índias Ocidentais, como eram conhecidas as colônias britânicas no Caribe até sua independência, Bulgin e Spence se conheceram em uma clínica para vítimas da paralisia infantil. Juntos, eles e Albert Craig montaram a Israel Vibration na década de 1970. A banda jamaicana lançou álbuns sensacionais, como The Same Song, Strengh of my Life e Vibes Alive, mas Live Again! é a cereja do bolo. Feito em parceira com a banda Roots Radics, é uma coletânea de sucessos tocados durante uma turnê feita nos EUA em 1996. As letras são repletas de referências aos misticismos rastafari e suas diferentes vertentes: Bobo Ashanti, Nyabinghi, as Doze Tibos de Israel, entre outros.

Provavelmente o segundo melhor álbum da história do reggae depois de todos os do Bob Marley.

1. Rockfort Rock
2. Same Song
3. Jailhouse Rocking
4. RudeBoy Shufflin
5. Never Gonna Hurt Me Again
6. You Never Know
7. There Is No End
8. On the Rock
9. Greedy Dog
10. Racial Injustice
11. Red Eyes
12. Strength of My Life
13. Licks and Kicks
14. War

Ouveaê!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Walter Franco - Revolver (1975)



Outra obra-prima setentista brasileira que poucos conhecem é esse WALTER FRANCO, em si uma das figuras mais insanas da música tupiniquim, esse disco aqui é coisa séria. Novamente, aqui tem uma resenha melhor elaborada sobre essa pequena pepita sonora.

Walter Franco - Revolver (1975)

01 - Feito Gente
02 - Eternamente
03 - Mamãe D'agua
04 - Partir do Alto / Animal Sentimental
05 - 1 Pensamento
06 - Toque Frágil
07 - Nothing
08 - Arte e Manha
09 - Apesar de Tudo é Leve
10 - Cachorro Babucho
11 - Bumbo do Munco
12 - Pirâmides
13 - Cena Maravilhosa
14- Revolver

Ouveaê!